quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cidadão de papel



Era só um homem em sua vida monótona
controlado pela droga que move o sistema
um robô que tenta fugir si mesmo
só mais um no esquema

Esquema mercenário dominando o capital
que se socializa com o dinheiro
era só mais um homem entre muitos
mas no fundo era roqueiro

Aos domingos tocava a sua guitarra
mas só por 10 minutos
o trabalho o preocupava
e seus acordes dormiam

Era só mais um homem
era só mais um otário
que trabalhava pensando em sua guitarra
e tocava sua guitarra pensando em seu trabalho

Sua mulher o deixa por outro
seus filhos o deixam
seu trabalho o consome
seus amigos se queixam

Toca pela ultima vez sua guitarra
não aguenta a pressão dos caminhos
e o seu trabalho o amarrava
acordes não se tocam sozinhos


Um mero cidadão de papel
que não sabe escolher
talvez saiba e esconde
escolher VIVER.

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